Estou
aqui mais uma vez. Desertar-me é tão visceral quanto regressar ao estado
natural das coisas. E da última vez que fui maturei como uma borboleta: súbita
e graciosa.
Faz
poucos dias que atravessei um deserto inóspito, e ausentei-me de tudo o que não
era eu. Dos clichés aparvalhados e das tenebrosas hesitações. Avanço para longe
daqui. Do que conheço saio à galope, sem titubear.
Desde
a última viagem, ansiava deixar pelo caminho as couraças que tomei emprestado
para mim. Parti para devolvê-las, e nunca mais usa-las. Sai de todos os lugares
que costumava “fazer sala”. Retalie por principio; debochei de tudo o que era
divino; puni os culpados; sai impune às vezes, e cai no ostracismo.
E
com todos os meus contrários, estou aqui mais uma vez.
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