terça-feira, 8 de setembro de 2015

Notas Perseguidas

            Ela costumava debruçar-se mais sobre o amanhecer das coisas. Coisa de quem nasce e não dorme. E com o típico rigor espartano, entardecia rapidamente, mas não desmanchava prazeres.

Preferia o sol ao tempo que corre no quarto e, antes de adormecer, não era surpresa que gostasse de conversar com os próprios botões. Contar carneirinhos, ler um bom livro, olhar pela janela umedecida de orvalho. Rituais que seguia.
            O sono nunca aparece para quem persegue palavras esquecidas no corredor.