segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Samba-enredo

Parecia até enredo de escola de samba, mas era o meu “carnavalesco” retrospecto do ano que já maturou. Passei o ano desfilando a pé, usando adereços alusivos as tramas de todos os meus contos.
Não cogitei, em nenhum momento, usar carros alegóricos para a minha jornada tão subversiva. Também, não pus em cena as esculturas de papel marche, a fim de não desviar a atenção do meu cortejo repleto de simbologias. Durante minha marcha frenética, cruzei cidades inteiras devastadas por almas desertas.
Recolhi-me mais adiante, no intuito de reconhecer, com precisão, a cantoria e os batuques que iriam acompanhar toda a minha procissão. Quem entra na avenida pede passagem para prolongar-se ao longo do tempo. Eu passei sem ser vista, porém contagiei os passistas com a minha evolução. 

Um comentário:

  1. 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Contagia-nos a nós todos. No meu caso, falta apenas uma alma leve, ao menos de longe parecida com a sua, para transcender com o samba-enredo.

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