Parecia
até enredo de escola de samba, mas era o meu “carnavalesco” retrospecto do ano
que já maturou. Passei o ano desfilando a pé, usando adereços alusivos as
tramas de todos os meus contos.
Não
cogitei, em nenhum momento, usar carros alegóricos para a minha jornada tão
subversiva. Também, não pus em cena as esculturas de papel marche, a fim de não
desviar a atenção do meu cortejo repleto de simbologias. Durante minha marcha
frenética, cruzei cidades inteiras devastadas por almas desertas.
Recolhi-me
mais adiante, no intuito de reconhecer, com precisão, a cantoria e os batuques
que iriam acompanhar toda a minha procissão. Quem entra na avenida pede
passagem para prolongar-se ao longo do tempo. Eu passei sem ser vista, porém
contagiei os passistas com a minha evolução.
👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Contagia-nos a nós todos. No meu caso, falta apenas uma alma leve, ao menos de longe parecida com a sua, para transcender com o samba-enredo.
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